97. Como mudei meu jeito orgulhoso

Por Bernard, República dos Camarões

Eu costumava me considerar uma pessoa muito inteligente, alguém que poderia fazer qualquer coisa sem a ajuda dos outros. Tanto na escola quanto em casa, eu sempre conseguia responder uma pergunta quando meus irmãos não sabiam, e os menosprezava por isso. Meus irmãos mais velhos diziam que eu era arrogante e convencido, e que eu deveria considerar mais os sentimentos dos outros, mas eu achava que diziam isso apenas por ciúmes, então não levava a sério suas acusações.

Em 2019, aceitei a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias. Logo comecei a regar recém-convertidos que tinham acabado de aceitar a obra de Deus. Das três irmãs que trabalhavam comigo, duas tinham aceitado a obra de Deus havia poucos meses. A outra era a irmã Jonna, que me ajudava no trabalho. Na época, fui escolhido como líder do grupo, o que, para mim, significava que eu era o melhor no grupo. Enquanto trabalhávamos juntos, quando elas perguntavam “pode ser feito assim” ou “você quer fazer assim”, muitas vezes eu as interrompia, dizendo “não, não pode” ou “não, não quero”. Achava que o trabalho deveria ser feito como eu as instruía. Por exemplo, sempre após as reuniões com os recém-convertidos, a irmã Jonna perguntava: “Deveríamos perguntar aos recém-convertidos se eles entenderam tudo?”. Eu respondia: “Não é necessário. Eu já os perguntei durante a reunião. Eles entendem, não precisamos perguntar de novo”. Quando a irmã Jonna disse: “Ao comunicar e dar testemunho da verdade da obra de Deus, você deveria dar mais detalhes. Isso ajudará os receptores potenciais do evangelho a determinar rapidamente que a obra de Deus é real”, eu respondi sem pensar: “Eu já disse tudo. Não há necessidade de o repetir”. Às vezes, a irmã Jonna pedia que eu me informasse sobre a situação dos recém-convertidos, mas eu não queria. Eu achava que, como líder do grupo, eu deveria dizer a ela o que fazer, e não o contrário. Às vezes, a irmã Jonna perguntava se os recém-convertidos tinham certeza sobre a obra de Deus. Vendo que ela constantemente se envolvia no meu trabalho, fiquei com raiva e disse: “Você não é a líder do grupo, então não tem o direito de me dizer como fazer o meu trabalho!”. Na época, eu era muito arrogante, não apenas me recusava a cooperar harmoniosamente com a irmã Jonna, como também não cooperava com as outras duas irmãs. Eu raramente atribuía qualquer trabalho a elas, em vez disso, cuidava dos recém-convertidos sozinho. Já que elas haviam aceitado a obra de Deus recentemente, concluí que haviam muitas verdades sobre visões que as irmãs não compreendiam, o que as impediria de fazer bem o seu trabalho. Quando dirigia reuniões com elas, eu sempre falava muito e não lhes dava tempo para se comunicar. Temia que elas não se comunicassem bem e que os recém-convertidos não as entendessem. Na verdade, os recém-convertidos entendiam muito bem as duas irmãs. Eu simplesmente não queria que elas se comunicassem, porque as menosprezava. Uma vez, a fim de dar aos recém-convertidos um fundamento no caminho verdadeiro o mais rápido possível, eu quis comunicar vários aspectos adicionais da verdade, mas minhas irmãs disseram: “Você não pode fazer isso. Nossa reunião só dura uma hora e meia. Se você comunicar coisas demais, não haverá tempo suficiente para os recém-convertidos entenderem tudo por completo. Podemos dividir a comunhão em várias reuniões”. Eu relutei em aceitar suas opiniões na época e, em vez disso, fiz o possível para convencê-las a me ouvir. No fim, não tiveram outra escolha a não ser concordar. Mais tarde, estávamos regando mais de vinte recém-convertidos. Quase todos compareceram à primeira reunião, mas nas próximas eu vi que cada vez mais recém-convertidos estavam ausentes. No fim, apenas três dos mais de vinte ainda participavam das reuniões regularmente. Isso nunca tinha acontecido comigo antes e me deixou muito confuso e negativo. Um dia, a líder perguntou sobre meu estado. Eu disse: “Não é bom. Os resultados do meu dever têm sido muito ruins ultimamente. Em todas as reuniões eu me comunico corretamente com os recém-convertidos, então pergunto se eles entenderam, e eles sempre dizem ‘sim, eu entendo’, mas agora eles não estão voltando para as reuniões e eu entendo o porquê”. A líder me disse: “Você deveria refletir sobre si mesmo. Pode ser que você esteja fazendo algo para que esses recém-convertidos não queiram vir às reuniões”. A líder continuou: “Você já perguntou às suas três irmãs se elas perceberam algo de errado em seu conteúdo ou métodos de rega?”. Eu disse: “Não, eu não acho que elas dariam bons conselhos”. A líder respondeu: “Esse é o problema. Você deveria pedir a opinião delas em vez de confiar apenas em si mesmo”. Quando a líder falou assim, parecia correto. Nunca me ocorrera perguntar a opinião das minhas irmãs. Eu sempre achava que eu era um melhor obreiro do que elas, e que as suas ideias eram inúteis.

Então a líder me enviou uma passagem da palavra de Deus. “Quando estão cooperando com os outros para desempenhar seus deveres, vocês são capazes de ser abertos a opiniões divergentes? Vocês conseguem permitir que os outros falem? (Eu consigo, um pouco. Antes, muitas vezes eu não ouvia as sugestões dos irmãos e insistia em fazer as coisas do meu jeito. Foi só depois, quando os fatos provaram que eu estava errado, que vi que a maioria das sugestões deles estavam corretas, que era a resolução discutida por todos que, na verdade, era apropriada, e que, por confiar nas minhas próprias opiniões, eu era incapaz de ver as coisas claramente, e eu era deficiente. Depois de experimentar isso, percebi como é importante a cooperação harmoniosa.) E o que isso mostra para você? Depois de experimentar isso, você recebeu algum benefício e entendeu a verdade? Vocês acham que alguém é perfeito? Não importa quão fortes as pessoas sejam ou quão capazes e talentosas, elas ainda assim não são perfeitas. As pessoas devem reconhecer isso, é um fato, essa é também a atitude que as pessoas devem ter para abordar corretamente seus méritos e pontos fortes ou falhas; essa é a racionalidade que as pessoas deveriam possuir. Com tal racionalidade, você pode lidar adequadamente com seus próprios pontos fortes e fraquezas, assim também com os de outros, e isso irá capacitá-lo a trabalhar junto a eles harmoniosamente. Se você entendeu esse aspecto da verdade e pode entrar nesse aspecto da verdade realidade, então você pode se relacionar harmoniosamente com seus irmãos e irmãs, valendo-se dos pontos fortes deles para compensar quaisquer fraquezas que você tenha. Dessa forma, não importa que dever você esteja cumprindo ou o que esteja fazendo, você sempre ficará melhor no que faz e terá a bênção de Deus. Se você sempre pensa que é muito bom e que os outros são piores por comparação e se você sempre quer ter a última palavra, então isso será problemático. Isso é um problema de caráter. Tais pessoas não são arrogantes e presunçosas?(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). As palavras de Deus apontavam meu problema. Deus diz: “Quando estão cooperando com os outros para desempenhar seus deveres, vocês são capazes de ser abertos a opiniões divergentes? Vocês conseguem permitir que os outros falem?”. Quando analisei as perguntas de Deus, eu refleti sobre como cooperei com minhas três irmãs durante esse tempo. Eu me recusava a aceitar cada uma das sugestões que elas me davam. Mesmo que as suas opiniões fossem boas ou corretas, eu ainda discordava porque não queria que pensassem que eu estava abaixo delas. Eu achava que eu era o melhor e, portanto, o único que poderia dar bons conselhos. Eu era o líder do grupo, por isso, elas deveriam me ouvir, não deveria ser eu a ouvi-las. As palavras de Deus dizem que todos têm deficiências e precisam da ajuda dos outros, mas eu sempre achei que eu era o melhor, e que eu era superior aos outros. Isso não era arrogância e convencimento? Vi nas palavras de Deus que Deus detesta pessoas assim.

Mais tarde, li outra passagem da palavra de Deus. “Quando o trabalho precisa sempre ser refeito quando as pessoas desempenham o dever, o maior problema não é a deficiência em conhecimento especializado nem a falta de experiência, mas porque são presunçosas e arrogantes demais, porque não trabalham em harmonia, mas decidem e agem sozinhas — com o resultado de fazerem uma bagunça no trabalho, e nada é alcançado, e todo o esforço é desperdiçado. E o problema mais sério nisso são os caracteres corruptos das pessoas. Quando o caráter corrupto das pessoas é grave demais, elas não são pessoas boas, são pessoas malignas. Os caracteres das pessoas malignas são muito mais severos do que os caracteres corruptos comuns. Pessoas malignas são propensas a cometer atos malignos, são propensas a interromper e perturbar o trabalho da igreja. Tudo de que as pessoas malignas são capazes quando desempenham um dever é fazer mal as coisas e estragar as coisas; sua labuta não vale os problemas que elas causam. Algumas pessoas não são malignas, mas desempenham o dever de acordo com seus caracteres corruptos — e elas também não são capazes de desempenhar o dever adequadamente. Em suma, caracteres corruptos são extremamente obstrutivos para que as pessoas desempenhem seu dever adequadamente. O que vocês diriam: qual aspecto dos caracteres corruptos das pessoas tem o maior impacto sobre a eficácia com a qual desempenham seu dever? (Arrogância e presunção.) E quais são as principais manifestações de arrogância e presunção? Tomar decisões sozinho, fazer as coisas do seu jeito, não ouvir as sugestões dos outros, não consultar os outros, não cooperar harmoniosamente, e sempre tentar ter a última palavra sobre as coisas. Mesmo que um bom número de irmãos possa cooperar para desempenhar um dever específico, cada um deles cuidando de sua própria tarefa, alguns líderes ou supervisores de grupo sempre querem ter a última palavra; não importa o que façam, nunca cooperam harmoniosamente com os outros e não se envolvem em comunhão, e fazem as coisas precipitadamente, sem chegar a um consenso com os outros. Eles fazem com que todos ouçam apenas a eles, e é aqui que está o problema(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O cumprimento adequado dos deveres exige cooperação harmoniosa”). Essas palavras de Deus me tocaram profundamente. Antes, eu não entendia por que eu não conseguia desempenhar meu dever com eficiência. Foi só depois de ler a palavra de Deus que eu entendi que era porque meu caráter arrogante tornava impossível para mim cooperar com os outros. Durante meu tempo trabalhando com as três irmãs, eu sempre tinha a última palavra. Isso era evidente sempre que discutíamos o conteúdo de uma reunião próxima: todos dariam suas ideias e opiniões, depois disso deveríamos decidir juntos qual seria o tema geral da reunião para garantir que ela fosse eficaz. Em vez disso, tomava minhas próprias decisões sem nunca levar em consideração a opinião delas, pois achava que minha opinião era a melhor e que não precisava ouvir os outros. Quando alguém levantava uma objeção, eu encontrava várias razões para recusá-la. Eu era arrogante demais para aceitar o conselho de outros, então meu dever carecia da orientação de Deus e, portanto, não era eficaz. Para mim, esse fracasso foi uma revelação.

Um dia, uma irmã me enviou duas passagens da palavra de Deus. Deus diz: “Se, em seu coração, você realmente entender a verdade, você saberá como praticar a verdade e submeter-se a Deus e naturalmente começará a trilhar a senda de buscar a verdade. Se a senda que você trilha for a correta e estiver de acordo com as intenções de Deus, então a obra do Espírito Santo não o abandonará — nesse caso você correrá menos risco de trair a Deus. Sem a verdade, é fácil praticar o mal, e você o praticará a despeito de si mesmo. Por exemplo, se você tem um caráter arrogante e convencido, então ser ordenado a abster-se de se opor a Deus não faz diferença nenhuma, você não pode impedir, está fora de seu controle. Você não o faria de propósito; você o faria sob o domínio de sua natureza arrogante e convencida. Sua arrogância e convencimento fariam com que você desprezasse a Deus e O visse como um ser sem importância; fariam você se exaltar, e se colocar sempre na vitrine; levariam você a desprezar os outros, não deixariam ninguém em seu coração além de você mesmo; roubariam o lugar de Deus em seu coração e, no fim, levariam você a se sentar no lugar de Deus e a exigir que as pessoas se submetessem a você e a fazer com que você venerasse seus próprios pensamentos, ideias e noções como a verdade. Tanto mal é feito pelas pessoas sob o domínio da natureza arrogante e convencida delas! Para resolver o problema de cometer o mal, elas precisam primeiramente resolver sua natureza. Sem uma mudança no caráter, não seria possível trazer uma resolução fundamental para esse problema(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Somente buscando a verdade pode-se alcançar uma mudança no caráter”). “Você deve lembrar: desempenhar seu dever não é uma questão de se engajar em empreendimento ou gerenciamento próprios. Isso não é trabalho seu, é trabalho da igreja, e você só contribui com o que tem de forte. O que você faz na obra de gerenciamento de Deus nada mais é do que uma pequena parte da cooperação do homem. Seu papel é somente uma função inferior em algum canto. Essa é a responsabilidade que você carrega. Em seu coração, você deveria ter essa razão. E portanto, não importam quantas pessoas estão desempenhando seus deveres juntas, nem que dificuldades enfrentem, a primeira coisa que todos deveriam fazer é orar a Deus e comunicar juntos, buscar a verdade, e então determinar quais são os princípios de prática. Quando desempenharem seu dever assim, eles terão uma senda para praticar. Algumas pessoas estão sempre tentando se exibir, e quando recebem a responsabilidade por um trabalho, elas sempre querem ter a última palavra. Que tipo de comportamento é esse? Isso é ser sua própria lei. Elas planejam sozinhas o que fazem, sem informar os outros, e não discutem suas opiniões com ninguém; não as compartilham com ninguém nem as expõem, mas as mantêm escondidas no coração. Quando chega a hora de agir, elas sempre querem impressionar os outros com suas proezas brilhantes, fazer uma grande surpresa para todos, de modo que as tenham em alto conceito. Isso é desempenhar um dever? Elas estão tentando se exibir; e quando tiverem status e renome, começarão a gerenciar uma operação própria. Tais pessoas não possuem ambições selvagens? Por que você não contaria a ninguém o que está fazendo? Visto que esse trabalho não é só seu, por que você agiria sem discuti-lo com ninguém e tomaria decisões sozinho? Por que agiria em segredo, operando numa caixa preta, para que ninguém saiba disso? Por que sempre tentaria fazer com que as pessoas ouçam apenas você? Claramente, você vê esse trabalho como seu trabalho pessoal. Você é o chefe, e todos os outros são funcionários — eles trabalham para você. Quando você sempre tem esse jeito de pensar, isso não é um problema? Aquilo que esse tipo de pessoa revela não é o próprio caráter de Satanás? Quando pessoas como essa desempenham um dever, cedo ou tarde elas serão eliminadas(A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “O cumprimento adequado dos deveres exige cooperação harmoniosa”). Somente ao ler a palavra de Deus foi que eu percebi que a arrogância tinha se tornado a minha natureza, e o que eu revelava naturalmente. No momento em que ganhei algum status na igreja, quis usá-lo como uma oportunidade para exibir as minhas habilidades. Eu queria provar que eu era o melhor e que me escolher como líder de grupo era a melhor escolha. Também queria provar às minhas parceiras que eu era melhor do que elas e que eu não precisava de seus conselhos ou ajuda. Por causa da minha arrogância, eu sempre achava que sabia de tudo e que era inútil ouvir os outros. Tratava meus pensamentos como se fossem a verdade, forçava os outros a fazerem as coisas como eu queria, e não buscava a verdade nem confiava em Deus em meu dever. Em vez disso, confiava em minha própria experiência e inteligência para regar os recém-convertidos, obrigando os outros a me obedecerem. Eu vivia preso no meu caráter arrogante, não aceitava a verdade e forçava os outros a me ouvirem. Não é esse o caráter de Satanás? Antes de crer em Deus, eu já era uma pessoa muito arrogante. Eu menosprezava pessoas inferiores a mim, incluindo meus irmãos. Lembro-me de que, quando era criança, meu pai me repreendia em voz alta quando eu não tirava a melhor nota da classe: “Você tem que tirar a nota mais alta nas provas e ficar à frente de todos os outros!”. Minha avó também me dizia: “Você deve se esforçar para ser o melhor, só assim você será respeitado!”. Por causa disso, eu sempre tentei estar acima de todos e ser o número um. Para mim, essa era a única maneira de mostrar aos outros que eu era o melhor. Achava que, se ouvisse os outros, eu pareceria fraco, por isso não aceitava conselhos deles. Somente pela palavra de Deus percebi que essa opinião era completamente errada. Eu sempre me colocava acima dos outros e me recusava a ouvir a qualquer outra pessoa, e isso é o caráter de Satanás. Se não mudasse, eu não só não alcançaria bons resultados em meu dever, eu cometeria o mal e resistiria a Deus. E, no fim, seria eliminado por Deus. A leitura da palavra de Deus também me fez entender que desempenhar meu dever não é um empreendimento pessoal meu, é o trabalho da igreja, e devo fazer esse trabalho de acordo com os requisitos de Deus. Sempre que encontrar dificuldades, eu deveria trabalhar com os outros, e juntos deveríamos buscar a verdade para superá-las. Antes de tomar uma decisão, eu também deveria buscar o conselho dos outros. Se eu não considerasse as opiniões dos outros e sempre agisse unilateralmente, atrasando o trabalho da igreja, desempenhar meu dever desse jeito não seria preparar boas ações, mas sim más ações. Percebendo isso, eu quis mudar minha atitude em relação ao meu dever e ser capaz de cooperar harmoniosamente com meus irmãos.

Durante meus devocionais, vi outra passagem da palavra de Deus: “O que vocês acham, é difícil cooperar com as outras pessoas? Na verdade, não é. Pode-se até dizer que é fácil. Mas por que as pessoas ainda acham que é difícil? Porque elas têm caracteres corruptos. Para aqueles que possuem humanidade, consciência e razão, cooperar com os outros é relativamente fácil, e eles podem achar que isso é algo prazeroso. Isso ocorre porque não é fácil para ninguém realizar coisas por conta própria, e não importa o campo em que estejam envolvidos nem o que estejam fazendo, sempre é bom ter alguém que aponte as coisas e ofereça assistência — isso é muito mais fácil do que fazer por conta própria. Além disso, há limites para a capacidade do calibre das pessoas e aquilo que elas mesmas podem experimentar. Ninguém pode ser pau para toda obra: é impossível para uma pessoa saber tudo, ser capaz de tudo, realizar tudo — é impossível, e todos deveriam possuir essa razão. Assim, não importa o que você faça, seja aquilo importante ou não, você sempre precisará de alguém que ajude você, para lhe dar dicas e conselhos ou fazer coisas em cooperação com você. Esse é o único jeito de garantir que você fará as coisas de modo mais correto, que cometerá menos erros e que estará menos propenso a se desviar — isso é uma coisa boa(A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). Depois de contemplar a palavra de Deus, entendi que, somente pela cooperação com os outros eu poderia cumprir meus deveres e viver uma humanidade normal. Eu pensava que, pelo fato de algumas das minhas parceiras só terem aceitado a obra de Deus havia poucos meses e terem acabado de começar a regar recém-convertidos, havia muitas coisas que elas não entendiam, enquanto eu, por outro lado, acreditava em Deus havia três anos e tinha mais experiência do que elas, por isso nunca aceitava suas opiniões e sugestões. Só agora vejo que essa opinião era errada. Embora acreditasse em Deus por mais tempo e tivesse mais experiência, isso não significava que eu era melhor do que elas em tudo. Sem cooperar com os meus irmãos, era impossível para mim desempenhar bem o meu dever. Por exemplo, eu não tinha um forte entendimento de certas verdades, fazendo com que eu me comunicasse mal em algumas reuniões. Eu precisava de uma parceira que ajudasse a falar mais para que a comunhão ficasse clara. Às vezes, os recém-convertidos não podiam comparecer às reuniões devido a doenças ou trabalho, e eu não conseguia encontrar nenhuma palavra de Deus que se aplicasse à situação deles, então também precisava da ajuda das minhas parceiras. Na verdade, todos têm a chance de ser esclarecidos por Deus. Deus não esclareceu somente a mim. Eu me achava demais e pensava que os outros eram idiotas. Isso era um erro e era tolice. O esclarecimento e a orientação de Deus não dependem de quanta experiência nós temos, depende de nossa capacidade de buscar e aceitar a verdade. Na verdade, todos têm seus pontos fortes, como a irmã Jonna, que assumia um fardo em seu dever e fazia muitas sugestões boas. Eu devia ter cooperado com minha irmã e aprendido com seus pontos fortes para compensar minhas deficiências.

Mais tarde, tentei ouvir as opiniões das minhas irmãs parceiras no dever. No fim de cada reunião, quando minhas irmãs pediam para que eu perguntasse a cada recém-convertido se ele tinha entendido o conteúdo da reunião daquele dia, eu fazia o que elas sugeriam e não resistia mais como antes. E quando elas me pediam para comunicar com os recém-convertidos mais detalhadamente para tentar aliviar a sua confusão, eu também fazia isso. Às vezes, elas também me davam algumas ideias boas para regar melhor os recém-convertidos, e depois de aceitá-las, eu as executava. Depois de praticar dessa forma, vi mais recém-convertidos participarem das reuniões e isso me deixou muito feliz. Lembrei-me das palavras de Deus: “O Espírito Santo não somente opera em certos homens que são usados por Deus, mas ainda mais na igreja. Ele poderia operar em qualquer um. Ele pode operar em você no presente, e você experimentará essa obra. Durante o período seguinte, Ele pode operar em outra pessoa, e nesse caso você deve se apressar para segui-lo; quanto mais de perto você seguir a luz atual, mais sua vida poderá crescer. Não importa o tipo de pessoa, se o Espírito Santo opera nela, então você deve seguir. Assimile as experiências dela por meio das suas, e você receberá coisas ainda mais elevadas. Ao fazer isso, você avançará mais rápido. Essa é a senda da perfeição para o homem e o meio pelo qual a vida cresce(A Palavra, vol. 1: A aparição e a obra de Deus, “Aqueles que obedecem a Deus com um coração sincero certamente serão ganhos por Deus”). As palavras de Deus me mostraram com ainda mais clareza que não devo ser arrogante e convencido e insistir em meu jeito enquanto desempenho meu dever. Em vez disso, devo ouvir mais os conselhos dos outros. Isso é porque o Espírito Santo esclarece e ilumina todos. Não importa há quanto tempo uma pessoa crê em Deus ou se ela tem status, contanto que o que diz esteja alinhado com a verdade, devemos aceitar e nos submeter. Se nos recusarmos a ouvir, não receberemos a orientação de Deus em nosso dever. Por meio dessa experiência, aprendi a importância de cooperar harmoniosamente com meus irmãos e não insistir em meu próprio caminho em meu dever.

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Tendo lido até aqui, você é uma pessoa abençoada. A salvação de Deus dos últimos dias virá até você.

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