45. As razões ocultas de temer responsabilidade
Eu era responsável pelo trabalho de rega na igreja. Quando mais pessoas aceitaram a obra de Deus Todo-Poderoso dos últimos dias, nossa igreja se dividiu em três igrejas diferentes, e fui encarregado de uma delas. Depois da divisão, descobri que muitos recém-convertidos que não estavam se reunindo regularmente foram designados para a minha igreja. Eu pensei que, já que nos faltavam regadores, apoiar todas essas pessoas que não se reuniam corretamente exigiria muito tempo e energia. Se elas desistissem porque não foram bem regadas, os irmãos poderiam dizer que eu era incapaz e que tinha calibre pobre. Isso seria tão embaraçoso. Depois eu poderia ser podado ou responsabilizado por terem partido. Se eu não fosse o encarregado, mas só um membro da equipe de rega, eu não teria de assumir essa responsabilidade. Achei que era muita pressão, como se estivesse atado a um grande fardo, e senti um peso no coração. A líder queria que cultivássemos mais pessoas para resolver a falta de regadores. Mas quando vi quantos novos crentes não estavam se reunindo corretamente, a dificuldade me consumiu. Achei que eu não seria capaz de treinar as pessoas em breve e fiquei desanimado. Depois disso, fiquei muito passivo no trabalho. Eu não estava treinando nem regando adequadamente aqueles que eu deveria estar treinando e regando, o que prejudicou nosso trabalho. Sentindo-me muito chateado e culpado, eu orei a Deus: “Deus, falta-me estatura. Quando vi quantos problemas e dificuldades existem nessa nova igreja, eu quis abandoná-la. Sei que essa não é Tua intenção. Por favor, guia-me a refletir sobre mim mesmo e a mudar meu estado incorreto, para que eu possa assumir esse trabalho”.
Em meus devocionais, li uma passagem das palavras de Deus. Deus Todo-Poderoso diz: “Algumas pessoas têm medo de assumir a responsabilidade durante o desempenho de seu dever. Se a igreja lhes der um trabalho a fazer, elas considerarão primeiro se o trabalho exige que elas assumam a responsabilidade, e, se assim for, elas não aceitarão o trabalho. Suas condições para desempenhar um dever são, em primeiro lugar, que ele deve ser um trabalho folgado; em segundo lugar, que não deve ser corrido nem cansativo; e, em terceiro lugar, que, não importa o que façam, elas não assumam nenhuma responsabilidade. Esse é o único tipo de dever que elas assumem. Que tipo de pessoa são essas? Elas não são escorregadias e enganosas? Elas não querem assumir nem o mínimo de responsabilidade. Elas têm medo até de que as folhas que caem das árvores lhes quebrem a cabeça. Que dever uma pessoa desse tipo pode desempenhar? Que utilidade ela poderia ter para a casa de Deus? O trabalho da casa de Deus tem a ver com o trabalho de combater Satanás assim como de espalhar o evangelho do reino. Que dever não envolve responsabilidades? Vocês diriam que ser líder envolve responsabilidade? Suas responsabilidades não são ainda maiores, e não deve ele assumir responsabilidades ainda mais? Independentemente de você espalhar o evangelho, testificar, produzir vídeos e coisas do tipo — não importa que trabalho você faça — contanto que diga respeito às verdades princípios, isso envolve responsabilidades. Se o desempenho de seu dever não se basear em princípios, isso afetará o trabalho da casa de Deus, e se você tem medo de assumir responsabilidade, você não pode desempenhar nenhum dever. Alguém que teme assumir responsabilidade ao desempenhar o dever é covarde, ou existe algum problema com o seu caráter? Você deve ser capaz de saber a diferença. Fato é que não se trata de uma questão de covardia. Se essa pessoa estivesse correndo atrás de riqueza, ou se estivesse fazendo algo em interesse próprio, como poderia ser tão corajosa? Ela assumiria qualquer risco. Mas quando faz coisas para a igreja, para a casa de Deus, ela não assume risco algum. Tais pessoas são egoístas e vis, as mais traiçoeiras de todas. Qualquer um que não assume a responsabilidade ao desempenhar o dever não é nem um pouco sincero para com Deus, sem falar de sua lealdade. Que tipo de pessoa se atreve a assumir responsabilidade? Que tipo de pessoa tem a coragem de suportar um fardo pesado? Alguém que assume a liderança e avança corajosamente no momento mais crucial no trabalho da casa de Deus, que não tem medo de suportar uma responsabilidade pesada e suportar grandes dificuldades quando vê o trabalho que é mais importante e crucial. Essa é uma pessoa leal a Deus, um bom soldado de Cristo. Será que todos os que temem assumir responsabilidades no dever agem assim por não entender a verdade? Não; trata-se de um problema na sua humanidade. Eles não têm senso nem de justiça nem de responsabilidade, eles são egoístas e vis, não são crentes verdadeiros em Deus, e não aceitam nem um pouco a verdade. Por essa razão, não podem ser salvos. Os crentes em Deus devem pagar um grande preço para ganhar a verdade, e vão encontrar muitos obstáculos para praticá-la. Eles devem renunciar algumas coisas e abandonar seus interesses carnais, e devem suportar algum sofrimento. Só então, eles serão capazes de colocar a verdade em prática. Então, alguém que teme assumir responsabilidades pode praticar a verdade? Certamente, não consegue praticar a verdade, muito menos ganhá-la. Ele tem medo de praticá-la, de sofrer uma perda em seus interesses; ele tem medo de ser humilhado, de ser menosprezado e de ser julgado, e ele não se atreve a praticar a verdade. Consequentemente, ele não pode ganhá-la, e ainda que acredite em Deus por muitos anos, não pode alcançar a salvação Dele” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item oito: Eles faziam os outros se submeterem apenas a eles, não à verdade nem a Deus (parte 1)”). Vendo o que as palavras de Deus revelavam, senti-me péssimo. Deus diz que aqueles que temem assumir responsabilidade em seu dever são os mais egoístas, vis e enganosos. Eles não conseguem praticar a verdade e jamais alcançarão salvação. Eu estava agindo desse jeito. Quando vi que havia muitos recém-convertidos que se reuniam irregularmente e poucos candidatos para treinar, não pensei em como considerar as intenções de Deus, cultivando candidatos viáveis e fazendo com que os novos crentes fossem regados adequadamente para que criassem raízes no caminho verdadeiro mais cedo. Eu os tratei como um fardo. Pensei em quanto tempo e energia seriam necessários para apoiá-los e que os outros me menosprezariam se eu não fizesse isso bem, e até seria podado e responsabilizado se fosse sério. Parecia ser um trabalho oneroso que poderia não produzir resultado nenhum, e eu me sentia resistente. Embora me forçasse a fazê-lo, fui passivo. Já que eu fui irresponsável, não treinei as pessoas que deveriam ter sido treinadas, enquanto alguns deixaram de vir regularmente. O evangelho de Deus dos últimos dias está se expandindo rapidamente agora, e mais pessoas estão se voltando para Deus. Regar e apoiar bem os novos crentes é a intenção urgente de Deus, mas eu só pensava em meus interesses, não na intenção de Deus. Eu também não considerava a entrada na vida dos recém-convertidos. Eu fui tão egoísta e tão decepcionante para Deus! E nas outras igrejas novas, percebi que os outros conseguiam defender o trabalho da igreja sem pensar em seus ganhos ou perdas pessoais. Faziam de tudo para regar os novos crentes, por mais difícil que fosse. Eram crentes verdadeiros que se dedicavam aos deveres. Eu me senti envergonhado e humilhado. Eu precisava parar de considerar meus interesses, e defender o trabalho da igreja. Eu precisava assumir essa responsabilidade e dar tudo de mim para garantir que os recém-convertidos fossem regados bem. Depois disso, comecei a cooperar de forma proativa e a me esforçar na rega de algumas pessoas que podiam ser cultivadas. Quando elas entenderam a intenção de Deus, também ficaram ativas no dever. Trabalhamos juntos para fazer nosso trabalho e apoiar os recém-convertidos. Pouco depois, muitos destes estavam se reunindo regularmente. Fiquei muito feliz e agradeci a Deus.
Mas não demorou e deparei com a mesma situação. Um dia, a líder me disse: “A igreja de Chenguang acabou de ser fundada. Vários novos crentes não estão se reunindo corretamente, e faltam bons regadores. O trabalho está progredindo lentamente. Vamos colocar essa igreja nas suas mãos”. Quando a líder disse isso, percebi que a intenção de Deus estava por trás dessa situação. Na última vez que uma igreja foi dividida, tive medo de assumir responsabilidade, o que atrasou o trabalho da igreja. Dessa vez, eu devia me submeter e desempenhar meu dever corretamente. Mas vacilei quando dei outra olhada no estado em que a igreja de Chenguang se encontrava. A igreja pela qual eu era responsável estava começando a melhorar, e ainda faltava fazer muito trabalho. Assumir outra igreja exigiria muito tempo e energia. Se eu não conseguisse apoiar Chenguang nem cuidar do trabalho na minha igreja na época, o que os outros pensariam de mim? Administrar apenas uma igreja não seria tão estressante, e eu poderia concentrar meus esforços em fazer bem meu trabalho. Assim, todos me veriam com outros olhos, e eu poderia até ser promovido. Diante disso, achei que a igreja de Chenguang seria coisa demais a fazer. Qualquer que fosse o caso, não me beneficiaria, e eu não quis aceitar. Mas se eu recusasse e ninguém a assumisse, isso impactaria o trabalho da igreja. Eu fiquei dividido. A líder viu em que estado eu estava e compartilhou uma passagem das palavras de Deus comigo: “Se você é bastante habilidoso em algum campo e trabalha nesse campo há mais tempo do que a maioria, então você deveria receber o trabalho mais difícil. Você deveria aceitar isso de Deus e se submeter. Não seja exigente nem reclame, dizendo: ‘Por que estou sendo criticado? As pessoas dão as tarefas fáceis a outras pessoas e me dão as difíceis. Elas estão tentando dificultar minha vida?’. ‘Tentando dificultar sua vida’? O que você quer dizer com isso? Arranjos de trabalho são feitos sob medida para cada pessoa; aqueles que são mais capazes fazem mais. Se você aprendeu muito e recebeu muito de Deus, você deveria receber um fardo maior — não para dificultar sua vida, mas porque ele é perfeito para você. Esse é seu dever, então não tente escolher, nem dizer não, nem tente sair dele. Por que você acha que é difícil? Fato é que, se você investisse algum coração nele, você estaria totalmente à altura da tarefa. Você pensar que ela é difícil, que isso é um tratamento preconceituoso, que está implicando com você deliberadamente — isso é uma revelação de um caráter corrupto. Isso é uma recusa de desempenhar seu dever, não é aceitar de Deus. Isso é não praticar a verdade. Quando você escolhe no desempenho de seu dever, fazendo aquilo que é leve e fácil, só fazendo o que o faz parecer bom, isso é um caráter satânico corrupto. O fato de você não conseguir aceitar seu dever nem se submeter prova que você ainda é rebelde em relação a Deus, que você está se opondo, recusando e evitando Ele. Isso é um caráter corrupto” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Parte 3”). Essa passagem me comoveu. A líder não estava tentando dificultar a vida para mim ao mandar que eu assumisse outra igreja. Eu vinha fazendo o trabalho de rega havia algum tempo, por isso deveria ser capaz de dar conta se fizesse um sacrifício um pouco maior. No entanto, eu estava sendo egoísta demais, só pensava em meus interesses e não estava disposto a me sacrificar mais. Além disso, eu temia passar uma impressão ruim se não fizesse um trabalho bom, por isso não quis assumi-lo, e simplesmente o rejeitei. Não fui nem um pouco submisso. A igreja me confiar algo tão importante como a rega dos novos crentes era graça e elevação de Deus. Eu devia me submeter a isso incondicionalmente e fazer o meu melhor. É isso que alguém com consciência e razão faria. Se eu confiasse em Deus e cooperasse com Ele, eu sabia que Deus me guiaria a fazer bem meu trabalho. Então orei a Deus no coração, disposto a renunciar às minhas preocupações e a assumir essa responsabilidade.
Mais tarde, refleti e busquei um pouco. Por que eu sempre queria rejeitar deveres e nunca queria assumir um fardo? Li algo nas palavras de Deus: “Não importa o que estejam fazendo, os anticristos consideram primeiro seus próprios interesses e só agem depois de pensarem em tudo; não se submetem à verdade de forma verdadeira, sincera e absoluta sem fazer concessões, mas o fazem seletiva e condicionalmente. Qual é essa condição? É que seu status e reputação devem ser protegidos e não devem sofrer nenhuma perda. Só quando essa condição é satisfeita é que eles decidem e escolhem o que fazer. Isto é, os anticristos levam em alta consideração como tratar as verdades princípios, as comissões de Deus e o trabalho da casa de Deus, ou como lidar com as coisas com que se deparam. Eles não consideram como satisfazer as intenções de Deus, como não prejudicar os interesses da casa de Deus, como satisfazer a Deus ou como beneficiar os irmãos e irmãs; essas não são as coisas que eles consideram. O que os anticristos consideram? Se seu status e sua reputação serão afetados e se seu prestígio diminuirá. Se fazer algo de acordo com as verdades princípios beneficia o trabalho da igreja e os irmãos e irmãs, mas causaria dano a sua reputação e faria muitas pessoas perceberem sua verdadeira estatura e saber que tipo de natureza essência eles têm, eles definitivamente não agiriam de acordo com as verdades princípios. Se o fato de fazer algum trabalho real fizer com que mais pessoas os tenham em alta estima, os venerem e admirem, permitir que ganhem prestígio ainda maior, ou capacitar suas palavras a ter autoridade e a fazer com que mais pessoas se submetam a eles, eles escolherão fazer isso dessa forma; caso contrário, eles jamais preferirão descartar seus interesses em consideração aos interesses da casa de Deus, ou dos irmãos e irmãs. Essa é a natureza essência dos anticristos. Isso não é egoísta e desprezível?” (A Palavra, vol. 4: Expondo os anticristos, “Item Nove: parte 3”). “Até que as pessoas tenham experimentado a obra de Deus e compreendido a verdade, é a natureza de Satanás que assume o controle e as domina por dentro. O que, especificamente, essa natureza acarreta? Por exemplo, por que você é egoísta? Por que protege a própria posição? Por que você tem sentimentos tão fortes? Por que aprecia aquelas coisas injustas? Por que gosta daqueles males? Qual é a base para sua afeição por tais coisas? De onde vêm essas coisas? Por que você fica tão feliz em aceitá-las? A esta altura, vocês todos vieram a entender que a razão principal por trás de todas essas coisas é que o veneno de Satanás está dentro do homem. Então, qual é o veneno de Satanás? Como isso pode ser expresso? Por exemplo, se você pergunta: ‘Como as pessoas deveriam viver? Para que deveriam viver?’, as pessoas responderão: ‘Cada um por si e o demônio pega quem fica por último’. Esse simples provérbio expressa a raiz exata do problema. A filosofia e a lógica de Satanás se tornaram a vida das pessoas. Não importa o que as pessoas busquem, elas o fazem para si mesmas — e assim só vivem para si mesmas. ‘Cada um por si e o demônio pega quem fica por último’ — essa é a filosofia de vida do homem e representa também a natureza humana. Essas palavras já se tornaram a natureza da humanidade corrupta e são o retrato verdadeiro da natureza satânica da humanidade corrupta. Essa natureza satânica já se tornou a base para a existência da humanidade corrupta. Durante vários milênios, a humanidade corrupta viveu segundo esse veneno de Satanás, até o dia atual” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Como trilhar a senda de Pedro”). Encontrei a resposta nas palavras de Deus. A razão principal pela qual eu não queria assumir um fardo pesado era que eu vivia segundo o caráter de um anticristo, sendo egoísta e enganoso. Eu vinculava cada coisa que eu fazia aos meus interesses, com a precondição de não interferir nos meus interesses pessoais. Eu não estava considerando as intenções de Deus nem defendendo o trabalho da igreja. Quando vi que muitos recém-convertidos na minha igreja nova não se reuniam regularmente, eu temi que a eficiência do meu dever seria impactada, o que prejudicaria minha reputação. Quando a líder pediu que eu supervisionasse a igreja de Chenguang, eu sabia que, se os novos crentes não fossem regados logo, eles poderiam ser interrompidos por pastores religiosos e desistir. Mas não quis aceitar o trabalho de rega lá. Fiquei pesando os prós e contras para mim, pensando apenas em como terminar o trabalho pelo qual eu já era responsável. Desse jeito, não seria tão estressante, e eu não teria de sofrer muito. Se realizasse algo no final, eu receberia a aprovação dos outros e deixaria uma impressão boa. Eu estava vivendo segundo o veneno satânico “cada um por si e o demônio pega quem fica por último”. Quando confrontado com algo, eu pensava primeiro se seria bom para a minha reputação. Se meus interesses pudessem ser prejudicados, mesmo sendo bom para o trabalho da igreja, eu preferia não fazer. Eu resistia e recusava, não era genuíno nem submisso a Deus. Aqueles que tinham acabado de aceitar a obra de Deus dos últimos dias ainda não conheciam a verdade. Eram suscetíveis à interferência dos pastores, que podiam desorientá-los e afugentá-los, por isso a igreja me designou para regá-los e apoiá-los. Confrontado com uma tarefa tão importante, eu não assumi a responsabilidade nem cumpri meu dever, temendo que minha reputação sofreria se eu não fizesse um trabalho bom. É o mesmo tipo de caráter de um anticristo: egoísta, desprezível e interesseiro. Eu me enchi de remorso e culpa. Senti que devia muito a Deus e quis me arrepender diante Dele.
Depois disso, li mais das palavras de Deus: “Qual é o critério pelo qual as ações e o comportamento de uma pessoa são julgados como sendo bons ou maus? É se, em seus pensamentos, revelações e ações, ela tem ou não o testemunho de colocar a verdade em prática e de viver a verdade realidade. Se não tiver essa realidade ou não a viver, então você é, sem dúvida, um malfeitor. Como Deus considera os malfeitores? Para Deus, seus pensamentos e atos externos não dão testemunho Dele, tampouco humilham e derrotam Satanás; em vez disso, trazem vergonha para Ele, e estão repletos de marcas de desonra que você trouxe para Ele. Você não está testificando de Deus, não está se despendendo por Deus, nem está cumprindo suas responsabilidades e obrigações para com Deus; em vez disso, está agindo para o próprio bem. O que significa ‘para o próprio bem’? Para ser preciso, significa para o bem de Satanás. Por isso, no fim, Deus dirá: ‘Apartai-vos de Mim, vós que praticais a iniquidade’. Aos olhos de Deus, suas ações não serão vistas como boas ações, serão consideradas atos malignos. Não somente elas não ganharão a aprovação de Deus — elas serão condenadas. O que alguém espera ganhar com tal crença em Deus? Tal crença não levaria a nada no final?” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). As palavras de Deus são muito claras. Deus não olha para quanto sofremos, mas para o que está em nosso coração e o que revelamos quando desempenhamos nosso dever, e se temos um testemunho de praticar a verdade. Se o motivo de uma pessoa em seu dever não é satisfazer a Deus, se ela não pratica a verdade, então, por mais que ela dê, Deus vê isso como cometer o mal e se opor a Ele. Lembrando-me do que minha mentalidade revelava naquele período, eu sempre pensava e planejava em torno de meus interesses e queria me esquivar do dever. Embora o aceitasse com relutância, eu não estava sendo responsável. Não treinei aqueles que eu devia ter treinado, e alguns novos crentes não estavam se reunindo regularmente porque eu não os reguei a tempo. Meus motivos e comportamentos enojavam a Deus. Aos olhos de Deus, eu estava cometendo o mal e resistindo a Ele. Eu tinha sido crente por anos e desfrutado de tanto sustento da verdade de Deus, mas nunca pensei em retribuir o amor de Deus. Quando o trabalho da igreja mais precisou de apoio, eu não quis assumir um fardo pesado. Eu não estava desempenhando bem meu dever nem satisfazendo a Deus. Eu não tinha nenhuma consciência ou humanidade. Em silêncio, eu orei: “Oh, Deus, eu tenho buscado nome e status em meu dever sem proteger o trabalho da igreja. Sou tão egoísta. Não tenho desempenhado bem o dever e estou muito endividada Contigo. Deus, obrigado por me dar outra chance. Quero me arrepender, assumir esse fardo e dar o máximo em meu dever para compensar minhas transgressões passadas”.
Mais tarde, li uma passagem das palavras de Deus que me deu uma senda de prática. Deus diz: “Para todos que desempenham um dever, por mais profundo ou raso que seja seu entendimento da verdade, a maneira mais simples de praticar entrar na verdade realidade é pensar nos interesses da casa de Deus em tudo e abrir mão de desejos egoístas, intenções, motivos, orgulho e status pessoais. Coloque os interesses da casa de Deus em primeiro lugar — isso é o mínimo que se deve fazer. Se uma pessoa que desempenha um dever não consegue fazer nem mesmo isso, como se pode dizer que ela está desempenhando seu dever? Isso não é desempenhar o dever. Você deveria primeiro pensar nos interesses da casa de Deus, considerar as intenções de Deus e considerar o trabalho da igreja. Coloque essas coisas acima de tudo; só depois disso você pode pensar sobre a estabilidade de seu status ou sobre como os outros o consideram. Vocês não acham que isso fica um pouco mais fácil quando vocês o dividem em dois passos e fazem algumas concessões? Se praticar assim por algum tempo, você vai achar que satisfazer a Deus não é algo tão difícil. Além disso, você deve ser capaz de cumprir suas responsabilidades, desempenhar seu dever e suas obrigações, e deixar de lado seus desejos egoístas, seus motivos e intenções; você deveria demonstrar consideração pelas intenções de Deus e colocar em primeiro lugar os interesses da casa de Deus, o trabalho da igreja e o dever que é para você desempenhar. Após experimentar isso por algum tempo, você sentirá que essa é uma boa maneira de se comportar. É viver franca e honestamente, e não ser uma pessoa baixa, vil; é viver justa e honradamente, em vez de ser desprezível, baixo e inútil. Você achará que é assim que uma pessoa deveria agir e a imagem que ela deveria viver. Aos poucos, seu desejo de satisfazer seus interesses diminuirá” (A Palavra, vol. 3: As declarações de Cristo dos últimos dias, “Liberdade e alívio só podem ser ganhos livrando-se do caráter corrupto”). As palavras de Deus me mostraram uma senda de prática. Eu devia renunciar a meus interesses e colocar os interesses da igreja em primeiro lugar quando algo surgisse. Eu queria fazer o que diz a palavra de Deus: deixar de considerar se meus interesses sofreriam ou não, e deixar de considerar o que os outros pensariam de mim. Eu devia cumprir minhas responsabilidades e assumir o trabalho. Também percebi que eu nunca queria fazer um trabalho desafiador, temendo que eu seria menosprezado ou podado se não o fizesse bem. Eu não entendia as boas intenções de Deus de salvar o homem: dar-me um trabalho mais difícil é graça de Deus. Deus está usando esse desafio para eu aprender a confiar Nele e a buscar a verdade para resolver problemas. Ao longo do meu dever, assumir um fardo grande, enfrentar dificuldades e ser podado ou revelado são coisas boas. Essas coisas me dão a chance de ver melhor minhas falhas e deficiências para que eu possa me concentrar mais em buscar e me equipar com a verdade para compensar meus pontos fracos. Isso é benéfico para meu entendimento da verdade e meu progresso na vida. É o amor de Deus. Quando entendi a intenção de Deus, minha atitude em relação ao dever mudou. Vi que, para administrar o trabalho de duas igrejas, eu não podia confiar em minhas habilidades. O que eu podia fazer era limitado, por isso eu devia me concentrar em treinar pessoas. Uma vez que mais irmãos conhecessem as intenções de Deus, eles poderiam assumir deveres, e isso facilitaria o trabalho. Então eu poderia concentrar minha energia em tarefas cruciais. Assim, eu discuti e confirmei as pessoas a ser treinadas com a equipe de rega, depois trabalhei para organizar reuniões e comunicar as palavras de Deus para resolver seus problemas e dificuldades reais. Fiquei surpreso quando alguns irmãos ganharam um entendimento da obra de Deus, ganharam fé e quiseram desempenhar um dever. Quando trabalhamos juntos, eu fiquei mais eficiente em meu dever, e alguns projetos foram realizados em pouco tempo. Eles também ganharam alguma prática e tiveram mais energia em seu dever. Após serem regados e apoiados por um tempo, muitos dos novos crentes ganharam algum entendimento da obra de Deus, estabeleceram um fundamento no caminho verdadeiro e passaram a participar ativamente das reuniões. Fiquei muito comovido quando vi tudo isso. Depois de renunciar aos meus interesses, de assumir um fardo e fazer meu melhor, num piscar de olhos eu fiz algum progresso e estava realizando muito mais no meu dever. Agora, não tenho mais medo de assumir responsabilidade e quero praticar a verdade e desempenhar bem meu dever para satisfazer a Deus.